Saudades de quando eu acreditava (mesmo que só um pouquinho) no horóscopo (da Capricho, diga-se de passagem).
Essa esperança honesta e inocente de que o mundo ia (não só podia, veja bem, IA) melhorar...
Claro que nessa época meu conceito de mundo era bastante reduzido e eu não conhecia exatamente o que é que precisaria melhorar no tal "Mundo", talvez por isso fosse mais fácil crer...
Como eu disse ontem no facebook, estou de mal com a humanidade.
Não consigo mais acompanhar notícias e/ou comentários de facebook. Assim como não consigo simplesmente escrever minhas lamúrias (ou histórias ok) do dia a dia e pronto. O desespero de não poder fazer (quase?) nada às vezes me engole.
E descobri que falta força pra tentar mudar o mundo quando você não acredita numa mudança de verdade.
As meninas (minhas heroínas, by the way) do Adote um Gatinho sempre dizem que cada vida é o que vale e que apesar de se decepcionar todos os dias com as histórias absurdas, sempre que uma vidinha - uma só que seja - é salva, elas sabem que o trabalho duro está valendo a pena.
Talvez o que esteja faltando pra mim seja esse contato mais "palpável" com o bem, o bem bem na frente dos meus olhos e ao alcance das mãos, não sei bem...
Como eu começo pra chegar nisso?
Fé eu nunca tive, mas percebo que perco cada vez mais a capacidade de acreditar.
Quando meu irmão era pequeno, devia ter uns 4 anos, alguém contou pra ele que Papai Noel não existia e ele foi, todo adulto e racional, contar pra minha mãe que "tudo bem", que ele já sabia daquilo e nem ligava. Mas uns minutinhos depois ele achou melhor confirmar: "Papai Noel não existe, mas o Coelinho da Páscoa, SIM, né?!?!?!"
É justamente ESSE o brilho que me falta...
(Guto, você ainda tem um pouquinho pra me emprestar???)
Acho que só se o Papai Noel caísse na minha lareira (que no Chile é proibida), com um duende pendurado no cinto e pelo de rena no casaco, pra eu recuperar esse brilho...
pôxa Gabi, pra mim esse salvar uma vida aconteceu no México quando ia ajudar em um orfanato bem pobre da região. Se tornou uma ação palpável pra mim, muito além do que podemos fazer pelas simples palavras. Acho que esse contato prático é muito importante =)
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