domingo, 31 de julho de 2011

"Noite dos mascarados"

Depois de muito prometer, muito rascunhar, muito apagar... finalmente chega pra vocês meu blog de ficção/fixão: www.sobquemascara.blogspot.com


O nome dele é "Sob que máscara?" e já adianto que será um blog de textos menos realistas e menos escancarados, mas - como bem aprendi com o Kundera - não menos sinceros ou pessoais.


Ainda não sei o que sairá desses textos, ou como eles sairão, mas a idéia e escrever pra ser lida! Por isso peço, desde já, que leiam e divulguem, recomendem aos queridos de vocês, queridos. Se gostarem e sentirem vontade, claro... não estou forçando ninguém a nada! hahahahaha. 
Sintam-se à vontade também pra opinar, dar sugestões, comentar, e essas coisas todas de texto públicos em blogs...rs




Já tem um comecinho de personagem por lá...
Espero que gostem e aproveitem!!!




(Ah! Os que recebem as potagens deste aqui por email podem entrar no "Sob que máscara?" e optar por cadastrar seu email pra receber as postagens dele também...)


Um beijo grande e à todos, bom início de semana!





sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Apanhar a bola-la, estender a pata-ta"

Ontem foi quinta feira, mas aqui em casa contou como sábado.
E como num bom sábado... nem a Maní escapou! hehehe
Acompanhem a evolução do processo:


Antes:






Durante:






Depois:






Ela está com essas caras fofas na foto, mas não estava feliz com a situação, não, viu?!
Nós até brigamos na hora de cortar os pelos que ficam entrando no olho e colocar o tic-tac ... E olha que pra gente brigar, o assunto tem que sério! rs
(eu ganhei a briga. Se você olhar bem vai encontrar os tic-tacs na franja...hahaha)


Aposto que em momentos como esse ela fica desejando ser gata, me dar uma unhada e ir dormir segura em um lugar bem inacessível!
Pena (pra ela, bom pra mim) que ela é um cãozinho lindo que até consegue ser mal educada um pouco, mas que logo vem me dar beijo e trazer brinquedos!


Confesso que talvez esse seja um bom aprendizado pra mim, eterna dona de gatos... com algumas pessoas vale a pena não ser arisca, saber perdoar rápido e fácil e valorizar o carinho e o amor acima de tudo!
Maní, anotei a lição, amanhã você faz chamada oral, ok?!
rs




Beijos ronronentos e lambidas melequentas pra todos! =)




Ps.:Título de: "Um dia de cão"- Os Saltimbancos - Chico Buarque e Sergio Bardotti

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Sem me entender em mim"

Eu sou difícil de conhecer.
Eu sou difícil de conquistar.
Eu sou difícil de gostar.
Eu sou difícil de ler.
Eu sou difícil de acompanhar.


E isso me dá algumas garantias.
Não dá pra gostar mais ou menos de mim. Ou gosta ou não gosta. 
Por isso eu sei que quem gosta, gosta de verdade. Gosta conhecendo todas as chatices, as manias, os mau-humores, a paciência flutuante, a capacidade de escuta, o humor ácido, os momentos de doçura...
E o contrário também vale: quanto eu gosto, gosto pra valer! E - por mais que eu seja indecisa em muita coisa nessa vida - quando eu gosto, sou fiel a esse gosto.
E assim como eu gosto de poucos, sei que pouco gostam de mim.
E fiz tanta análise nessa vida que já nem ligo pros que não gostam! 




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Ontem minha mãe e meu irmão me apresentaram um negócio bacana: http://www.inspiira.org/
Tem um teste bem legal de "personalidade" nesse site. É um pouco longo, então tem que ter paciência, mas vale a pena fazer!
Claro que nem todos os resultados batem 100% mas, por exemplo, o do meu irmão foi até engraçado de tanto que fazia sentido.


Indico que façam e leiam o resultado com bastante atenção. Dá pra se surpreender, se divertir e aproveitar pra fazer umas boas auto-reflexões... rs


Boa sorte!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Pense que eu cheguei de leve, machuquei você de leve e me retirei com pés de lã"

Acabam de sair daqui as últimas visitas da temporada (agora a próxima tá agendada só pra setembro). Foi mais de um mês com casa lotada todos os dias. Mais de um mês de gente dando atenção pra Maní quase o tempo todo. Mais de um mês de bons dias e boas noites multiplicados. De passeios turísticos - repetidos ou não - com pessoas diferentes. De mesa cheia e louça sendo usada até esgotar. De barulhos na minha casa que não sejam da construção ao lado. De coisas diferentes na geladeira e no armário. De dicas, instruções, troca de informações. De mais ou menos atenção que pude dar pros que estavam aqui - variando com as tarefas da faculdade e com meu bom (ou mau) humor. Mais de um mês da casa aquecida mais por calor humano que pela "calefação central por louça radiante". 


Depois de passar uma semana no Brasil muitos me perguntaram se foi difícil voltar ou "ir embora de novo". Não, não foi! A semana brazuca foi uma delícia, cheia de reencontros gostosos e gordos, mas foi também cansativa, correria pra todo lado, sem ter nossa casa pra voltar, nosso cantinho pra descansar. 
Foi uma delícia ir, mas foi bom também voltar. Foi bom e foi fácil! (não que eu não tenha chorado um pouquinho no aeroporto e nas despedidas...rs)


O que eu venho tendo cada vez mais certeza é que muito mais difícil do que voltar pra casa é deixar os que vêm visitar voltarem pras suas casas.
Por mais que a casa fique bagunçada, por mais que fiquemos sem "intimidade (como ter que colocar roupa e não pijama depois do banho, por exemplo), não importa, as visitas são muito boas! 
Não só porque enchem o ambiente, mas porque são todos muito importantes e queridos os que passam (passaram, passarão, passarinho) por aqui!
E fica sempre um gostinho de quero mais.


E a casa fica vazia e enorme. E as coisas param nos seus lugares. E as luzes param apagadas quando devem estar. E a Maní fica mais sozinha. E eu fico sempre chorando quando alguém sai.


É difícil me despedir. Difícil não é ficar, mas sim deixar-los ir.


Mas... quer saber?


Que venham os próximos!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Agora eu era herói..."

Na semana passada veio me visitar minha prima e grande amiga de infância, Nathalia:






E dentro do pouco que conseguimos conversar estávamos comentando sobre a imagem que temos de nós mesmas ao longo dos anos... 
Aquela sensação quando olhamos pra um primo ou irmão mais novo e pensamos: "nossa, ele é tão criança, eu era tão mais adulta nessa idade; na verdade eu era quase o que eu sou hoje".


Acho que nem sempre percebemos que crescemos, o quanto crescemos e o que mudou em nós. Talvez com um pouco de reflexão (e/ou análise. rs) isso fique mais claro, mas na maioria das pessoas com quem converso sobre isso, persiste essa sensação do "eu já era como sou", sem se notar muito as "evoluções da idade". rs


Mas sabe aquelas peças que a memória prega na gente? Como quando sentimos um cheiro e instantaneamente vamos parar em algum lugar longínquo, ou quando ouvimos uma música e nos sentimos ao lado de determinada pessoa?


Hoje essas duas coisas aconteceram comigo e, além delas, uma terceira ainda mais potente:
Meu pai e família estão de visita nessa semana e hoje subimos a montanha pra ir até Farellones pras crianças conhecerem a neve e brincarem um pouco de congelar. No final do dia, ainda lá em cima, encontrei um amigo que não via a muitos anos, da minha época de adolescência...
Na hora do encontro foi aquela coisa boa de "Nossa, quanto tempo! Tá fazendo o que aqui? O que já fez de bom no Chile? Fica até quando?Etc", mas a onda de lembranças, sensações, sentimentos, até músicas e cheiros que esse encontro inusitado traria, viria só mais tarde...
E junto com tudo isso veio também pensamentos que eu nem sabia mais que poderia ter. Pensamentos que ao mesmo tempo que me habitam, não fazem mais parte de mim.


Meus 18 anos nem parecem tão longe assim (ok,ok...assumo que estou ficando velha...rs), tanto que posso reconhecer tais sensações como minhas, tanto que os sentimentos que vem com as lembranças apertam de leve o coração. Mas vem ao mesmo tempo a noção de que o que afeta é a lembrança, a nostalgia pelo que passou; não a emoção em si pois esta, claramente, ficou lá trás. 
E quer saber? É muito bom notar que a adolescente também ficou pra trás. Que apesar de às vezes eu achar que sou a mesma pessoa que era quando entrei pela primeira vez na faculdade (meo deos! meu irmãozinho é tão jovem pra Federal! rs), sou (não "estou", "sou" mesmo!) na verdade completamente diferente, muito mais forte e resistente e crescida e gordinha e madura e chata (tá vai, isso eu sempre fui) e bonita por dentro e por fora (porque não custa nada agradar o ego! hahaha)


E nessas horas agradeço por ter os cabelos brancos na cabeça e os calos no coração! 
"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", sim, mas cada dor e cada delícia no seu tempo certo!
Ainda bem!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

"Vou cantar-te nos meus versos"

Hehehe. Brincadeira, não tô fazendo poesia, não!


Vim só contar um pouquinho da visita do Brasil (que já tem quase um mês...rs)


Na verdade, na verdade, esse será um post de muitas fotos! rs
Claro que falta foto de um monte de gente e de um monte de situações.
Foram poucos dias, foi super corrido, mas tentamos ver o máximo de pessoas possíveis, visitar os lugares que precisávamos, comer as comidas de que sentíamos falta...enfim...vamos lá!


Primeiro as famílias:


- Conseguimos passar o aniversário do Claudio com ele!!




 Pai e filhos

 Família Alcaide G. Passerini
O aniversariante e as mulheres!

- Fizemos um tradicional churrasco super gostoso com a família Ramalho! (claro que só lembramos das fotos super no final do dia!)

 Com a Patricia

 Olha o tamanho dos meus irmãozinhos!

Com o meu pai

- Aquela reunião louca da família Lima Louca que sempre acontece só no natal se repetiu em plena metade do ano! E ainda junto com um pouquinho dos Ismerim Nascimento! Reunimos a galera toda numa pizzaria e tivemos uma noite muito gostosa! (também faltam várias fotos...)







- E os amigos não ficaram de fora! Mas as fotos com eles sim... =/
Só consegui recuperar essa:


- Escolhemos essa data ao redor de 20 de junho pra ir pro Brasil justamente porque queríamos conhecer nossa nova sobrinha, a Helena. Então reservamos um dos dias pra ir pra Piracicaba encontrar essas pessoas queridas! (algumas dessas fotos são de arquivos pessoais deles, mas são imperdíveis!)

 Foto mais linda!

 Dois lindos!


 Concentrados no peixinho delicioso!

 Risada mais gostosa da tia!





 Queridos Vivi e Casão!

Linda Helena!


E esse é o resumo visual que ficou da nossa rápida visita!

Mas o mais importante - mais ainda do que a barriga cheia - foi voltar pra casa com o coração aquecido, cheio do carinho que recebemos, cheio do amor e da atenção das pessoas que se mobilizaram pra nos encontrar...
Em tão poucos dias não dá tempo de matar a saudade de verdade, mas serve pra lembrar o quanto amo todos vocês que ficaram por aí!
Já (ou ainda?) estou com saudades!!!

Aos que não estão nas fotos, lembrem-se que não são nem um pouco menos queridos... 
Amigos, família, AV`s, cada abraço foi uma delícia e uma honra! Obrigada!!!

Beijos

sábado, 16 de julho de 2011

Qualquer semelhança....

Percepção da Nathalia, minha prima e uma das visitas de julho:


MOnicão:






MAnicão:


Destaque pras patas fofas, os focinhos curtos, a caída das orelhas e os cabelos em formato de M!

Beijocas!


sexta-feira, 15 de julho de 2011

A primeira vez a gente nunca esquece!

Andava me criticando ultimamente pelas minhas instabilidades, alterações de humor, capacidade de deixar que pequenas coisas alterem a totalidade de mim... essas coisas de mulher, sabem?!


Mas, pô, se até a Gaya, a "maior mulher de todas" pode ter suas instabilidades, tremer nas bases e deixar que um movimento alheio e superficial lhe afete tanto... acho que meu caso não é tão grave assim!


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Hoje senti meu primeiro terremoto no Chile! Terremoto não, porque aqui eles chamam de tremor quando é de leve. 
Pois é, tremeu!
Foi um movimento de 6 graus da escala Richter que aconteceu a 22km de profundidade. Segundo os comentários da "população chilena" (no facebook) fazia um tempinho que não se sentia um tão forte e tão longo.
Aliás, foi por isso que senti, porque foi longo. (desde que estou aqui já aconteceram vários - vários mesmo! - outros tremores e eu nunca sentia nada)


Estava sentada no sofá, jantando e assistindo um filme no computador (portanto, com a cabeça ligeiramente abaixada) quando senti um pouco de nausea e achei que o movimento que via no computador fosse, na verdade, eu com tontura. Juro!
Aí levantei a cabeça pra ver se melhorava e reparei que não mudou nada...aí olhei pra frente e vi o vaso de flores em cima da mesa balançando, a água e as flores se mexendo. Aí virei pro lado e a tv - que não é pequena - também dançava. Aí olhei pro chão e a Maní tava dormindo tranquila. (hahaha)


A sensação de "finalmente estou sentindo um tremor" foi muito emocionante - os olhos encheram muito de água. Mas, como o tal tremor tava tremendo a tempo demais, logo veio o medinho - sozinha em casa, a noite, chuva, e essa coisa começa a tremer?!?!
Continuei sentada vendo o vaso na mesa, ouvindo uns sons de coisas balançando nos outros cômodos da casa... até acabar. Impossível dizer quanto tempo durou, mas parece uma eternidade pela quantidade de coisas que dá tempo de ver, pensar, ouvir...
Quando me senti segura levantei e fui verificar os arredores: não tinha nenhum vizinho no corredor, assim deduzi que não tinha sido grave. Todas as portas da casa ok e as coisas nos seus devidos lugares. Ufa!
Tudo no lugar, menos meu labirinto: a nausea continuava, a sensação do chão se mexendo também e por uns 50 minutos ou mais fiquei achando que estavam acontecendo outros tremores...rs


Desde que eu cheguei aqui dizia que queria sentir um terremoto, saber que tipo de movimento a terra faz, se tem algum som, como os prédios e as pessoas se comportam...
Bom, não cheguei a todas essas conclusões, mas finalmente senti um! E agora posso ficar sem o próximo por um bom tempo...hehehe
(se bem que dizem que depois que você sente o primeiro fica muito mais fácil sentir outros, mesmo menorzinhos...)


Fiquei acompanhando as notícias ( como essa ) e parece que não houve nenhum estrago, nem feridos, nem réplicas (já tem mais de 2 horas). Podem ficar tranquilos!


Eu sei que foi de leve, bobeira...mas é uma experiência muito incrível!
Se a expressão "perder seu chão" significa perder a sua mais sólida base, seu maior apoio, sua estrutura forte... bom... hoje eu vi na prática o quanto nosso chão não é "sólido" e isso faz mexer a estrutura da gente...ah, faz!


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Terça feira completamos 5 meses de Chile (meo deos, parece tão mais!) e a sacudida de hoje pode ter sido o território chileno pulando pra comemorar!








Ps.: Feliz aniversário pro meu "irmãozinho" que chegou hoje na maioridade! Uhu!!! (mais um motivo pra eu não esquecer a data)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Senevasseaquicêusavaski?

Imagino que quase todo mundo saiba que eu sou mega descoordenada. Muitos já me viraram levar (ou quase levar) milhares de tombos por aí. As manchas roxas das caídas, topadas e enroscos não são difíceis de encontrar em diversas partes do meu corpo. O que talvez nem todos saibam é que eu não sei andar de bicicleta.
Pois bem, processem todas essas informações antes de seguir lendo...


Pronto? Então vamos...


Neste mês de julho o Hotel MaLuGa está praticamente com lotação máxima, não tem quase nenhum dia sem visitas por aqui. 
No sábado o Lucas foi pra Argentina, passar uma semana tendo cursos pra virar um futuro diretivo do banco (rs), mas fiquei muito bem acompanhada pelo irmãozinho Guto, seu amigo João, a primoca Nathalia e o parceirão Lucas (chamarei de Lucão pra não confundir...rs). 
Aproveitando a reunião gostosa, ontem fomos esquiar!


O Lucão e o João já tinham esquiado antes, então tinham alguma experiência na arte. Além disso, o Guto e o João foram na quinta feira pro Colorado e estavam bastante treinados.
Eu e a Nathalia que nunca tínhamos esquiado na vida fizemos a aula "para principiantes" (acompanhadas pelo Lucão) e ela, apesar de ter apanhado um pouco no começo, foi insistente e ousada e acabou se saindo super bem nas montanhas branquinhas!


Já eu....bom, eu comecei a me machucar quando chegamos ao Colorado e descemos da van: derrubei a bota do esqui no meu pé e doeu pra caramba! Um pouquinho depois tropecei feio em uma escada (não, ainda não tinha calçado a tal bota). 
Quando fui subir outra escada, agora carregando o esquipamento (botas super pesadas, esqui e bastões) precisei da ajuda de duas pessoas, porque enroscava os bastões nos degraus, quando ia soltá-los derrubava os esquis e quando abaixava pra pegá-los enroscava tudo na minha calça, e assim sucessivamente.


Depois veio a novela dos quinze minutos pra conseguir calçar cada bota (mas essa dificuldade é normal em todos os principiantes...rs), a caminhada patética com as botas nos pés e enfim, o começo da aula.

Fiquei à vontade quando vi que todo mundo ali tava tão atrapalhado quanto eu e fiquei aliviada quando não fui a primeira a cair parada - apesar dos diversos desequilibrios que já tinham acontecido!
Por algum motivo eu virei a primeira da fila e tinha que fazer tudo que o professor mandava antes de todos os outros, com todo mundo olhando. Vergonha pouca!
Eu não estava me saindo bem, mas não estava me saindo mal também.
Até o profesor mandar a gente se jogar no chão pra aprender a levantar de um tombo... Sério, é humanamente impossível levantar do chão com aquela bota e os esquis! Impossível! Pelo menos pra mim...
Foi ridículo! O professor vinha colocar minha mão onde tinha que ficar pra eu levantar, e a minha mão não fica de jeito nenhum no lugar certo. Meu pé ficava tentando fazer uma dobra numa luta brava com a bota e eu simplesmente não levantava!
Depois o professor ensinou um outro jeito alternativo e assim, depois de mais um pouco de ridículo eu saí do chão...


Aí chegou a hora aprender a fazer curvas. Pra esquerda, ok! Pra direita...nããããooo! (detalhe: quando eu estava quase aprendendo a andar de bicicletas, as curvas eram minhas maiores inimigas!)


Enfim, a aula durou quase 1h30. 1h30 de MUITO calor - quem inventou que tem que se encher de roupa pra fazer aquilo? Calor absurdo!
Esforço absurdo, cansaço absurdo, dor nas pernas e no pé, não me agüentava mais em pé, literalmente chegou uma hora em que me apoiava nos bastões e soltava todo meu peso neles, porque minhas pernas já tinham pedido água há muito tempo!


Bom, depois da aula fomos almoçar e depois de todos descansarem um pouco, foram subir as montanhas e descer nos esquis. Todos menos eu!
Eu estava podre. Cansada. Acho que o esforço da torta aqui foi mais do que a fraca aqui agüentava por um dia...rs
E, confesso, o fato de poder voltar lá pra cima depois, especialmente na companhia do maridão, autorizou minha preguiça a se manifestar...
Preferi passar o resto da tarde tirando fotos, brincando com a neve (ah, a neve!!!) e descansando meus pésinhos!


Chegando em casa fomos descobrir os estragos: tenho manchas roxas que não faço idéia de como, quando ou onde fiz. Meu tornozelo continua inchado, quase 24h depois! Quase todos os músculos ainda doem. 


Acho que no final eu não cheguei na parte do esqui que é divertida, porque enquanto os outros estavam super curtindo o momento eu ficava me perguntando: "quem foi que teve essa idéia, mesmo???"


Mas isso não quer dizer que eu desisti de vez! Em não muito tempo pretendo subir de novo, e espero desenvolver uma relação mais amigável com o novo "esporte". Não que eu costume me dar bem com esportes...mas se você está na neve, é pra se molhar, não é!?!


Agora algumas fotinhos pra ilustrar:












Beijos gelados a todos!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Metablogagem"*

Descobri, há não muito tempo o blog Adorável Psicose e nos  últimos dias passei algumas horas lendo em ordem cronológica os posts dele - já cheguei em 2010 - e me divertindo bastante.
Mas preciso confessar (aliás, esse blog deveria mudar de nome pra algo como "confissões de ex-adolescente", porque haja confissões por aqui, hein?!) que comecei a leitura com uma pontinha de inveja/esperança/curiosidade.  Fui lá fuçar e descobrir como é que um blog tinha virado uma série de tv...


Bom, primeiro descobri que não foi exatamente como eu imaginava. Não é que uma pessoa qualquer escreveu textos de tanto sucesso que a convidaram para fazer a série; na verdade a Natalia Klein já era roteirista do Zorra Total, já estava no meio e tal... Quando começou a surgir a possibilidade de virar série o blog tinha só uns 20 posts e ainda não era tão famoso assim...
Atenção, não estou desmerecendo o sucesso de ninguém! O blog é ótimo e com o passar do tempo foi ganhando mais e mais visibilidade e fãs e leitores e etc. Tudo merecido! E quando o programa realmente saiu, aí sim, a coisa já era enorme!


Bom, meu lado egoísta, que não é muito grande, mas existe com cada vez mais força, traçou algumas reflexões e constatações...


Primeira constatação: o "ibope" do meu blog vem diminuindo....
Primeira reflexão: será que depois de receber vários elogios fiquei metida e transformei meus textos em chatos e pedantes? 


Segunda constatação: o Adorável Psicose faz sucesso, principalmente, porque a autora sabe fazer piada das suas próprias "desgraças" - principalmente amorosas - e, com bastante sinceridade, faz com que a grande maioria dos leitores se identifiquem com diversas situações e psicoses.
Segunda reflexão: minha vida amorosa é o que se considera, atualmente, a coisa mais sem graça do mundo: sou apaixonada, casada e feliz! Quem quer ler sobre isso hoje em dia??? No máximo vão me achar metida e um pouco mentirosa...rs


Além do que meus textos não são muito sobre assuntos universais. Esse blog, na verdade, é ultra auto-referente e auto-reflexivo. É mais ou menos aquilo que meu professor de Historia del Arte chamaria de "el arte moderno"(aliás, como é que eu nunca estudei isso antes??). Em outras palavras: um grande mi-mi-mi!


Conclusão: esse aqui tem mesmo é continuar com o nome que tem, porque vão continuar sendo meus "queridos curiosos e pacientes" os leitores fiéis que me acompanham e me elogiam pra levantar o ego da escritora que vos pentelha...


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Epa! Peraí! Eu tava realmente me comparando com o Adorável Psicose??? Que loucura, Gabriela!
Que otimismo!
E comparando com invejinha?
O quê? De onde veio essa vontade repentina de ser lida?
Só falta agora pedir pros amigos divulgarem seu texto na internet! Pffff!






(*ps.: título roubado, descaradamente, do blog do meu irmão)

"Faça parte da minha rede no LinkedIn"

Já recebi várias vezes esse tal convite e nunca nem pensei em aceitá-lo.
Nenhum problema de ser "amiga" dos meus amigos em mais uma rede; na verdade o problema é muito mais banal:
Eu não tenho o que colocar sobre mim na tal "rede profissional". Não tenho!
Não que eu não tenha um currículo ou alguma experiência de trabalho pra colocar, isso eu tenho.
Eu só não tenho profissão! 


Quando se é estudante universitário você dá o seu check no quadrado do "Estudante" e acrescenta lá o curso, ou seja, você não é só estudante, você é um futuro advogado, professor ou médico.


Mas eu não, eu sou só estudante. E apesar de estar de saco cheio de ser estudante, não faço a menor idéia do que vou ser depois disso.


Pensei em fazer uma experiência e criar um perfil no Linkedln com toda essa minha sinceridade: "estou na terceira faculdade; já fui "Atriz", quase Terapeuta Ocupacional, Técnica de Som, Montadora, Editora, Diretora de Arte... mas não sei pra que vai me servir tudo isso. Um abraço apertado, Gabriela""


Conheço várias pessoas que já receberam propostas de emprego por causa do perfil neste site, e por isso conclui que o meu seria perigoso.
Já até vejo os emails com propostas mágicas, vantajosas e super tentadoras pra ser revendedora Herbalife ("uma filosofia de vida!"), striper on line ("ganhe muito sem sair de casa!") ou assistente em uma editora de livros de auto-ajuda ("você entende as necessidades de nossos leitores")!


Nhã!


Por enquanto continuo sem fazer parte da rede de ninguém mesmo!

domingo, 3 de julho de 2011

"Para ver e mostrar o nunca visto; o bem e o mal, o feio e o bonito"

Alguns dias atrás pensei com um pouco de raiva, confesso, sobre essa mania que o cinema adquiriu de adaptar tudo que é livro que sai e faz sucesso.

Disse há uns meses que estava num período de leitura louca; pois o "período" virou quase permanente. Continuo lendo loucamente, um livro atrás do outro e do outro, do outro, do outro...
Independente dos motivos e interpretações disso, tem sido uma experiência ótima, acho que nunca li tanto e tenho aproveitado bastante.

Fui pro Brasil agora com uma mala grande um pouco vazia pra ter espaço pra trazer pra cá um monte de livros. Alguns que meus pais têm e que li durante toda a vida, achei que mereciam ser meus agora; fiz uma super compra num sebo, somei estes com alguns outros meus que já estavam lá e a mala veio cheia!

Pois bem, eu gosto de ler e eu gosto de ir no cinema. Mas as duas coisas separadamente!
Quando fui assistir o Budapeste, adaptação pro cinema do livro do Chico Buarque, dirigido pelo Walter Carvalho, lembro-me de ter sofrido fisicamente, de verdade!
Li o livro umas 8 vezes ou mais e ver na tela a "realização" de tudo que eu tinha construído e imaginado sozinha tantas vezes, foi literalmente doído. Tava tudo errado! Tudo! As imagens não batiam, os personagens não eram aqueles... nem os lugares (que eram reais no filme) eram os certos!!! Foi uma experiência horrível!

Hoje fui no cinema assistir "X-Man first class" e vi antes dele o trailer do último Harry Potter que está pra sair... As imagens de ambos são de tirar o fôlego, as produções muito boas e redondinhas, mas não pude deixar de pensar no esforço que o cinema faz pra colocar em imagem imagens que somos totalmente capazes de construir sozinhos. Pra quê?

Tantos efeitos, maquiagens e o caramba a quatro... pra quê?

A gente estuda no cinema aqueles filmes "clássicos", naturalistas que querem, mais do que tudo, representar o mundo "exatamente como ele é". 
Vi hoje na tela o cinema "fantástico", se aprimorando mais e mais pra tornar "reais" nossas imaginações, pra fazer "palpável" as fantasias "de cada um".
Aí tem o cinema simbólico, onírico, subjetivo... o que não quer reproduzir a realidade, mas sim expressar as partes "profundas do ser humano". Mais uma vez, tornar "concretos" na tela grande os sentimentos e situações que todo mundo tem dentro de si.

Sério, pra quê???

Sabe aquele discurso de que as pessoas estão mais burras e menos inventivas, já que as tecnologias de hoje em dia entregam tudo mastigado pra todos e ninguém tem que pensar muito?
Pois bem, acho que o cinema tem contribuído com a "planificação" de nossas mentes! Se está tudo lá, materializado, pra que sonhar? Pra que criar? Pra que gastar tempo lendo e imaginado, se depois alguém certamente vai colocar na tela tudo aquilo que você iria pensar sozinho antes (e desfazer suas imagens, colocando as que seriam a expressão da realidade)?

Pois é. Pra quê?

Claro que eu entendo a vontade que os cineastas têm de contar suas histórias e entendo que o cinema seja mais um meio de comunicação e expressão...
Mas ultimamente aquilo que seriam os grandes êxitos do cinema me dão uma preguiiiiiçaaaa....

Porque aquilo que "dá trabalho" nos meus amigos livros é tão mais estimulante! rs


Eu sei, eu sei...estou em crise com a escolha da profissão no audiovisual e isso explicaria a briga com o cinema... Eu sei, eu sei, é difícil separar as coisas... 
Mas falo sinceramente como leitora e espectadora, mais do que como "realizadora"; até porque tenho me saído melhor em pensar do que em realizar....


Desculpem o gostinho de amargura. Boa noite e ótima semana a todos!

(ps.: Título retirado de um discurso do cineasta Joaquim Pedro de Andrade, musicado pela Adriana Calcanhotto com o nome de "Por que você faz cinema?")


sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Tantas palavras que eu repetia só por gostar"

Eu nunca fui muito boa em comunicação. Falar sobre meus sentimentos era missão quase impossível. Eu tentava, ficava com as frases repetindo, repetindo, repetindo (como diz a música), mas só dentro da cabeça, porque colocar pra fora que era bom, nada! Criava e recriava possibilidades de diálogo, me preparava pra diversas reações do interlocutor, sempre em vão, porque na hora H: garganta travada!
Só muito recentemente consegui melhorar, falar o que eu sinto e simplesmente lidar com as conseqüências - boas ou más - depois.
Pois bem, em algum momento dos longos anos de mudez descobri que tinha uma maneira um pouco mais fácil de dizer as coisas, eu podia escrevê-las e deixar um bilhete. 
Apesar da dor de barriga ao imaginar a pessoa lendo e do tremor de saber que ela viria até mim com a resposta, só por não ter que dizer frente a frente, eu já conseguia soltar melhor, e acabou que eu utilizei muito essa ferramenta na vida.
Escrever era minha maneira de dar a cara tapa com a cara escondida, era como eu podia fugir sem deixar de fazer o necessário. Não que "o necessário" fosse sempre ruim; algumas vezes eram coisas difíceis, como "estou brava por isso", "isso me chateou", "me desculpe por aquilo". Mas algumas vezes também eram besteiras como pedir autorização pros pais pra fazer alguma coisa com amigos (que eu desconfiava que eles não deixariam), ou dizer pro namoradinho do colégio que, sim, eu aceitaria ficar com ele. 
O problema não era o peso do que precisaria ser dito, mas a fraqueza da minha voz ao expressar qualquer coisa um pouco mais pessoal.


Eu tive diário uma única vez na vida, acho que por volta dos 12 anos e a experiência foi bastante frustrante... me sentia boba escrevendo para o caderno: "querido diário, não conte para ninguém, mas acho que amo aquele menino da 6aB". Durou pouco.
Esse tipo de "segredo muito importante" foi direcionado pra cartas imensas que eu trocava quase diariamente com as amigas da escola. Mesmo que elas fossem da mesma sala e passássemos o dia todo lado a lado, antes de ir embora quase sempre cada uma tinha um calhamaço pra entregar. Não sei o que as incentivava na brincadeira, talvez os segredos, as fofocas e as banalidades estivessem mais bem guardados no papel do que nas nossas bocas, talvez a graça fosse gastar tempo escrevendo, lendo, respondendo... Mas eu, sem dúvida, seguia no meu terreno seguro!
No primeiro colegial eu e mais duas amigas, Ju Vg e Ju Dalto, criamos um "Livro": um bloco de fichário que servia pra ficar rodando entre as nossas mãos durante todas as aulas, pra podermos bater papo a vontade, sem nenhum colega ou professor encher o saco; cada uma tinha uma cor de caneta sua e podia escrever o quanto quisesse. Era divertidíssimo trocar confidências e falar besteiras assim, quase um precursor do msn! (não sei se já existia o ICQ nessa época, acho que sim, mas nenhuma de nós tinha acesso a ele ainda...). Sem contar que reler tudo depois era risada garantida! Com elas, o terreno já era seguro e ponto!


Alguns meses depois conheci a Ana em uma viagem, foram alguns dias juntas em um hotel em Águas de Santa Bárbara para a passagem de 2001 pra 2002 em que nos aproximamos um pouco e trocamos endereços. Ela já tinha o hábito de trocar cartas com algumas amigas e sugeriu que fizéssemos o mesmo. Veja bem, 2001 faz bastante tempo, mas naquela época trocar cartas (do jeito tradicional, via correio mesmo!) já era antiquado e "charmoso", porque a moda mesmo era o telefone. Hmmmm.... falar ou escrever???
Não preciso nem dizer que adorei a idéia das cartas, né?! rs
Durante muito tempo trocamos cartas, cartões de aniversários, desabafos do coração, coisas sérias da família, fofocas sobre pessoas que a outra nem conhecia... enfim, papo de adolescente, com suporte de velho e nos aproximamos bastante!


Aí a internet chegou com tudo e os anos foram passando, terminei o colégio, fui pro cursinho, entrei na primeira faculdade... E além de todas as besteiras para as quais usamos a internet, descobri nela um jeito de ficar mais perto das pessoas que fui deixando pra trás. Primeiro email, depois orkut, pra alguns escrevia longos depoimentos (o mais longo que o orkut permitisse), pra outros, poucas palavras bastavam...
Essa coisa de redes socias foi virando moda e ficando popular demais, e eu aderi, claro. Entrei no twitter e no facebook também, onde escrevo bastante, mas nada muito pessoal, profundo. Elas servem pra reclamar, pra se gabar, pra tentar matar um pouco de saudades...
Trocas profundas por escrito, continuam existindo algumas em emails pra grupos muito pequenos de amigos "próximos-distantes"... mas como aprendi a falar, fui deixando a escrita um pouco de lado.


O "Livro" com as Ju's já era história antiga, as cartas com a Ana foram se perdendo aos poucos, bilhetinhos pra pais não se faziam mais tão necessários... e, fora os emails com a linguagem boba da internet, fui esquecendo que eu sabia escrever...


Aíííí.... 
Aí eu vim morar no Chile e fiz uma enquete: qual seria a maneira mais fácil de enviar notícias pras pessoas que não vieram comigo? O blog ganhou a votação e foi assim que surgiu o "Aos queridos, curiosos, e pacientes". E foi assim que eu voltei a escrever. 
A idéia inicial era escrever textos superficiais, descritivos, só pra ir contando objetivamente o que vinha acontecendo por aqui (vide o "Começando..."), mas acabou que este blog foi tomando outros caminhos e eu, que por toda a vida escrevi pra não me expor, que escrevia pra poder desafogar sem sair debaixo da água, virei "blogueira" e comecei a colocar na internet (Sim! essa rede louca onde todos têm acesso a tudo!) coisas que muitas vezes nem sabia que seria capaz de dizer pra uma simples pessoa, quanto mais pra qualquer um que quisesse ler.
Acabei adotando a escrita não mais como armadura, mas sim como porta de escape, ou melhor "porta de escancarar".
E essa escrita acabou servindo pra me aproximar de verdade ou ainda mais de algumas pessoas, como da mesma "Ana das cartas" que também está recém casada e com quem, portanto, acabo compartilhando experiências e situações comuns. Ou como o querido Edsel que está passando (de alguma forma, junto comigo) pela experiência de ir morar muito longe de todo mundo - ele foi pra Teresina - e com quem divido também a paixão e o encantamento pelas aventuras lingüísticas.


Já recebi diversos comentários sobre o quanto as pessoas "sentem-se mais próximas de mim com o blog", ou o quanto lendo-o elas sentem que me conhecem melhor do que pessoalmente.
É, aparentemente eu aprendi a falar dos meus sentimentos quando é preciso, mas pra me expor de verdade... talvez nisso eu ainda seja melhor escrevendo... 
Como eu comentei aqui um dia desses, acho que com o blog vocês me conhecem melhor porque eu "me deixo conhecer" mais... E porque, na verdade, a experiência de vir morar fora vem fazendo com que eu me conheça melhor também.


E não posso deixar de pensar que re-encontrar a paixão pela escrita facilita isso tudo; porque eu não quero escrever pra me mostrar. Eu quero escrever porque escrever é uma delícia!
Quase diariamente surge algum assunto sobre qual eu penso que seria bacana escrever, pena que não tenho tempo de colocar todos em prática (estou fazendo uma listinha com essas coisas e aos poucos os novos textos vão saindo).


E essa é a história longa do porquê você está lendo essa história longa.


Chega, né?! rs


Beijos queridos aos pacientes que chegaram até aqui!

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